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São Gonçalo, RJ, Brazil
Coordenação: Iyalorixá Márcia D`Oxum Egbé Ilê Iyá Omidayê Axê Obalayó. Visite: http://www.matrizesquefazem.com.br/ Equipe de Produção: Babalorixá Marcelo de Osanyin– medvetpe@yahoo.com.br , Iarobá Marília– yaferreira@yahoo.com.br.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Iyalorixá Márcia de Oxum é convidada para o "Lançamento do Plano Nacional de Proteção à Liberdade Religiosa e Promoção de Políticas Públicas Para as Comunidades Tradicionais de Terreiro"


A Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da Republica, o Ministério da Justiça, Ministério da Cultura, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ministério do Meio Ambiente, Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Fundação Cultural Palmares e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em parceria com a Coordenação para Assuntos de Igualdade Racial – DF, Federação Brasiliense e Entorno de Umbanda e Candomblé e o Fórum Religioso Afrobrasileiro do Distrito Federal e Entorno, têm a honra de convidar V. Sa. para cerimônia de lançamento do Plano Nacional de Proteção à Liberdade Religiosa e Promoção de Políticas Públicas Para as Comunidades Tradicionais de Terreiro, que acontecerá no dia 20 de janeiro de 2010, no Salão Negro do Palácio da Justiça - Ministério da Justiça, Edifício Sede, Bloco T, Esplanada dos Ministérios, Brasília – DF, com início as 08h00 e término às 18h00.
O PNCT é resultado do dialogo entre o Governo Federal e a Sociedade Civil com vistas ao combate à intolerância religiosa e tem por objetivo proteger a liberdade religiosa e promover políticas publicas voltadas para a melhoria da qualidade de vida das comunidades tradicionais de terreiro.

Programação:

08h00 às 12h00 – Seminário Sobre Legalização Fundiária e Intolerância Religiosa
12h00 às 13h30 – Intervalo para o almoço
13h30 às 18h00 - Lançamento do Plano Nacional de Proteção À Liberdade Religiosa e Promoção de Políticas Públicas Para as Comunidades Tradicionais de Terreiro;


Apresentação pelo IPHAN da 1ª fase do Inventário dos Lugares de Culto de Matrizes Africanas do DF e Entorno.

Atenciosamente,

Alexandro Anunciação Reis

Subsecretario de Políticas Para Comunidades Tradicionais

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Clube Tamoios sedia a I Edição do "Matrizes Que Fazem"










Iyalorixá Márcia de Oxum coordena a I Edição do “Matrizes Que Fazem” em São Gonçalo

Dia 21 de Janeiro é o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa e segundo José Saramago, uma das formas mais absurdas de cometer um crime, que ofende a razão e o bom senso, é cometê-lo em nome de Deus.

Em pleno seculo XXI, com tantos avanços tecnológicos, sociais e revoluções de costumes, o homem ainda encontra-se preso a atitudes absolutamente primitivas: o ódio religioso, sem motivação racional ou senso crítico.

Visando trabalhar a Lei que torna esta data oficializada pelo Governo Federal, a Iyalorixá Márcia D´Oxum, liderando um grupo de religiosos de São Gonçalo, RJ em parceria com a SEPPIR – Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial organiza um evento com a realização de seminários, oficinas  e exposições para mobilizar e conscientizar a sociedade civil da importância do respeito religioso. “Fala-se muito em tolerância, mas o que queremos é respeito à diversidade religiosa. Temos que estimular os valores e talentos de nossas casas de candomblé, integrando-as com a sua comunidade, no cumprimento do seu papel social”, argumenta Mãe Márcia de Oxum em diversos momentos de sua fala.O evento contará com Exposições, Oficinas e um Seminário que abordará temas como a Intolerância e o Respeito Religioso, bem como a aplicabilidade da Lei 10.639/03, que modifica as Leis de Bases e Diretrizes Educacionais, tornando obrigatório o ensino da Cultura e História Africana nas escolas públicas e particulares. “ É lei, temos que cobrar a sua aplicabilidade, além de mostrarmos a influência da herança cultural, ambiental e religiosa, através da recriação dos mitos e ritos que foi preservado pelas comunidades de matrizes africanas”, afirma Mãe Márcia.



 
A realização será no dia 21 de Janeiro, no Clube Tamoio, Avenida Presidente Kennedy, 101 – Porto das Pedras – Sacramento, RJ.


Contatos:

Iyalorixá Márcia D`Oxum
(21)8557 9008 Email: marciadoxum@hotmail.com
Egbome Marcelo de Osanyin
(21)2724 5612 Email: medvetpe@yahoo.com.br
Iyarobá Marília
(21)7101 1834 Email: yaferreira@yahoo.com.br
Egbome Vilde Dorian
(21)8805 7065 Email: vildedorian@yahoo.com.br


domingo, 10 de janeiro de 2010

21 de Janeiro: DIA NACIONAL DE COMBATE À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA


“De algo sempre haveremos de morrer, mas já se perdeu a conta aos seres humanos mortos das piores maneiras que seres humanos foram capazes de inventar. Uma delas, a mais criminosa, a mais absurda, a que mais ofende a simples razão, é aquela que, desde o princípio dos tempos e das civilizações, tem mandado matar em nome de Deus”. ( José Saramago)


O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, 21 de janeiro, foi instituído pelo presidente da República, com a Lei Nº 11.635, em 27 dezembro de 2007.
A data deve ser celebrada anualmente em todo o território nacional, fazendo parte do Calendário Cívico da União para efeitos de comemoração oficial. Este é o segundo ano em que a data oficialmente será lembrada. E aqui vale algumas reflexões sobre o que leva uma sociedade em pleno século XXI a ter que instituir uma data para lembrar que temos que combater a intolerância religiosa. Como diz José Saramago, em nome de Deus, a humanidade tem cometido as maiores atrocidades e inventado as piores maneiras de perseguir e até matar pessoas simplesmente por não professarem a mesma fé. Isto por si só já mostra o quão desumano os humanos são. Principalmente na história das grandes religiões monoteístas, ao longo da história, percebemos oscilações de pacífica convivência intra e inter-religiosa, intercalados com momentos de extrema violência. Percebemos o ápice desta intolerância no Cristianismo quando na Idade Média os judeus passaram a ser perseguidos incansavelmente pela Inquisição, sendo obrigados a abjurarem de sua fé ou pagarem com a própria vida por professarem outra crença. Todavia esta intolerância não se dá apenas entre membros de uma religião contra outra, sendo que muitas vezes acontecem as maiores atrocidades entre membros de um mesmo grupo religioso, sendo as guerras entre cristãos uma constante na história (Católicos, Protestantes, Anglicanos, Evangélicos...). Ainda está fresca na memória as imagens de uma batalha insana dentro de um dos lugares mais sagrados do Cristianismo ocorrida entre cristãos ortodoxos armênios e gregos no dia 8 de novembro de 2008. Exemplos como este continuam a acontecer em todos os lugares todos os dias, cobrindo de vergonha a todos que professam o nome de Deus, seja ele Javé, Allá, Krishna, Orixás...etc.
Graças à este mesmo Deus temos também ao longo da história ventos de tolerância e respeito professado por indivíduos que buscam trazer um pouco de racionalidade a atitudes tão irracionais. Infelizmente no Brasil episódios de intolerância são freqüentes, não apenas no campo religioso, ocorrendo com também na área cultural, étnica, política e em questões de gênero e sexual, além do terrível desnível social que ainda impera no País. Esta intolerância está presente no dia a dia de milhões de brasileiros, em todos os lugares, seja no âmbito doméstico, nas escolas, igrejas, nos locais de trabalho e outros espaços públicos e privados, assumindo formas de violência implícita ou explicita, alimentando o ódio e o preconceito, destruindo sonhos e esperanças. Quando esta intolerância se dá simplesmente por questões religiosas, consegue-se passar por todos os limites das relações humanos, não respeitando sequer o Sagrado.
O Dia Nacional de Combate à intolerância serve para nos mostrar que queremos e podemos construir uma sociedade melhor, um Brasil melhor para nós e as futuras gerações, em que a liberdade de expressão e de vivência de suas opções e crenças sejam respeitadas, colocando a vida e a dignidade humana como valores fundamentais a serem preservados. Como sociedade, devemos denunciar todo e qualquer tipo de violência, preconceito e intolerância, pregando sempre a construção de uma cultura de paz e diálogo entre todos. Saudamos o Presidente Lula, que não apenas instituiu o dia 21 de janeiro como dia nacional de combate à intolerância Religiosa, assim como no último dia 27 de dezembro, no Rio de Janeiro, anunciou o Plano Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, com o objetivo de dar atenção especial às práticas religiosas que sofrem preconceito no Brasil e impor punições drásticas às fontes do preconceito. Sabemos que apenas leis e boa vontade não mudam uma sociedade, mas ajudam a construir um país melhor e inclusivo para todos, em que a diversidade religiosa seja respeitada e garantida a todas as pessoas.


Por Luiz Alberto Barbosa
21 de January de 2009